A cirurgia para a separação dos gêmeos siameses Davi e Saulo, marcada para esta terça-feira (1º), foi suspensa. A mãe dos bebês do Alto de Santa Terezinha, na Zona Norte do Recife, continua esperando o expansor de pele que vem dos Estados Unidos e ainda não há previsão de chegada, segundo a assessoria de imprensa do Instituto de Medicina Integral Professor Fernando Figueira (Imip).
A dona de casa Karine Medeiros, mãe dos meninos, informou que ficou muito triste com a suspensão da cirurgia. "Deixei os meus filhos em jejum, por mais de oito horas, e só quando cheguei no Imip que eu fui avisada que não ia ter cirurgia nenhuma. Por quê é que eles não me ligaram?", questiona. Ainda de acordo Karine, ela foi avisada pelo cirurgião plástico Rui Pereira que a cirurgia teria que ser desmarcada. "O médico disse que houve um 'probleminha' e que a cirurgia não seria mais hoje (terça). Ele ainda me deu uma esperança dizendo que o equipamento seria enviado para o Brasil daqui a 15 dias", revela.
Davi e Saulo estão com quase cinco meses. Os pais dois meninos só descobriram a condição de saúde deles no sétimo mês de gestação. A dona de casa também informou que a situação em que ela e a família se encontra é desgastante. "É muito ruim viver na incerteza. Além dos gêmeos, eu tenho mais dois filhos que também sofrem com isso. Eu ainda consigo aguentar essa situação, mas os bebês não. Eles estão crescendo, não sabem falar onde dói. Tudo isso está me deixando muito triste", comenta.
Os bebês estão unidos pelo fígado. No Brasil, acontece um caso como esse a cada 200 mil nascimentos. Com a colocação do expansor de pele, o objetivo é aumentar a quantidade do tecido para facilitar o fechamento dos abdômens, após a cirurgia de separação. De acordo com a assessoria de imprensa da unidade de saúde, a cirurgia de serparação só poderá ser feita dois meses depois da colocação do expansor.
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