A consequência do acúmulo dessas substâncias são o
efeito pró-inflamatório, que, aliado aos maus hábitos de higiene bucal,
tornam o ambiente propício para o aparecimento da doença periodontal e
aftas. Os maus hábitos que a pessoa estressada tende a adquirir ou
aumentar, como o consumo de álcool, tabaco e negligência da higiene
oral, também é um prato cheio para a cárie e halitose.
Porém o estresse não é desculpa para atitudes
insalubres. “A pessoa estressada negligencia o que não é hábito para
ela, quem já é consciente sobre a boa higiene bucal, ao passar por um
período de estresse, tende a não negligenciar a saúde oral”, explica o
cirurgião-dentista Giuseppe Romito, professor da Faculdade de
Odontologia da USP.
Lesões no trabalho
Erosão dentária, alteração de cor dos dentes (escurecimento), gengivite e estomatite são doenças relacionadas ao trabalho, segundo o Ministério da Saúde. O principal fator de risco para essas doenças é a exposição prolongada a agentes químicos no ambiente ocupacional.
Erosão dentária, alteração de cor dos dentes (escurecimento), gengivite e estomatite são doenças relacionadas ao trabalho, segundo o Ministério da Saúde. O principal fator de risco para essas doenças é a exposição prolongada a agentes químicos no ambiente ocupacional.
Uma pesquisa da Faculdade de Odontologia da USP,
realizada no Centro Estadual e Regional de Referência em Saúde do
Trabalhador (Cerest) de Guarulhos, entrevistou 100 participantes –46%
expostos e 58% não expostos a resíduos químicos.
A conclusão foi que a exposição a névoas ácidas é um
fator que contribui para o desenvolvimento de lesões na boca, assim como
o avanço da idade. Dessa forma, este estudo sugere a inclusão de exames
odontológicos periódicos aos trabalhadores, além de ações de saúde
bucal na Sipat (Semana Interna de Prevenções a Acidentes do Trabalho).
“Às vezes o trabalhador almoça e não tem um ambiente
apropriado para escovar os dentes no local de trabalho. É fundamental
que haja uma conscientização sobre a importância da boa higiene, tanto
por parte do trabalhador quanto da empresa”, diz Rafael Aiello Bomfim,
autor da pesquisa.
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