O Pará poderá ser mais um dos Estados em que o presidenciável Eduardo Campos (PSB) dividirá o palanque com o também candidato à Presidência da República Aécio Neves (PSDB). Comandado por um tucano, o Estado foi visitado, ontem, pelo socialista. Entre as agendas com a imprensa, empresários locais e lideranças paraenses, Eduardo abriu um espaço para conversar com o governador Simão Jatene (PSDB). O encontro ainda contou com a presença do prefeito de Belém, Zenaldo Coutinho (PSDB). Eduardo falou, ainda, que uma das suas metas é, se eleito, iniciar a reforma tributária no País.
Até o final de maio, o PSB poderá fechar a aliança com Simão Jatene para a próxima eleição. A legenda quer indicar o nome do ex-prefeito de Paragominas (município do nordeste do Pará), Sidney Rosa, para a vaga do Senado. A aliança, no entanto, teria dificuldades porque no Estado só há uma vaga disponível para a Casa Alta e o atual senador Mauro Couto (PSDB) estaria interessado na reeleição.
Aceitando a indicação do PSB, o governador Simão Jatene teria que administrar a insatisfação do correligionário.
Caso o partido não consiga emplacar o nome de Sidney Rosa para o Senado, a intenção é lançar candidato próprio ao governo estadual. Além de Sidney, existe a possibilidade de o PSB indicar o nome do presidente estadual do partido, Ademir Galvão Andrade, que foi deputado estadual, federal e senador.
Em 1998, Ademir Galvão concorreu ao governo do Pará, mas foi derrotado para o então governador Almir Gabriel, que foi reeleito.
Com a indicação de Sidney Rosa para a vaga de senador, o ex-governador Eduardo Campos terá que dividir o palanque com Aécio, já que Simão Jatene vai pedir votos para o tucano. “Em 1994, me elegi senador e meu partido apoiava o Lula e o candidato a governador apoiava Fernando Henrique Cardoso. Não há conflito nesse caso”, afirmou Ademir Galvão. Além do Pará, Eduardo e Aécio deverão dividir palanques em Estados como São Paulo, Minas Gerais e Paraná.
Para reforçar a imagem de Eduardo no Estado paraense, a legenda já planeja outra visita do presidenciável. Eduardo deverá passar por cidades estratégicas, como Marabá, Santarém e Itaituba.
Ontem, o socialista cumpriu uma extensa agenda em Belém. Pela manhã, concedeu entrevistas e no início da tarde almoçou com empresários da Federação das Indústrias do Pará (Fiepa). Depois de se encontrar com Jatene, Eduardo se reuniu com centenas de lideranças políticas no Centro de Convenções, onde recebeu o título de cidadão paraense.
HEADHUNTERS
Em entrevista concedida em Belém, Eduardo criticou o “arranjo político que está em Brasília” e disse que este tem de “ser escalado para passar um grande tempo na oposição para o Brasil melhorar”. Ele declarou que não loteará cargos no governo e prometeu contratar headhunters para preencher cargos de confiança. "Vamos fazer como as grandes empresas fazem. Headhunter. Eu fiz isso na saúde em Pernambuco. Fiz isso com a educação."
Em entrevista concedida em Belém, Eduardo criticou o “arranjo político que está em Brasília” e disse que este tem de “ser escalado para passar um grande tempo na oposição para o Brasil melhorar”. Ele declarou que não loteará cargos no governo e prometeu contratar headhunters para preencher cargos de confiança. "Vamos fazer como as grandes empresas fazem. Headhunter. Eu fiz isso na saúde em Pernambuco. Fiz isso com a educação."
Fonte: Jumariana Oliveira
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