Portaria do Ministério da Justiça publicada hoje (11) no Diário
Oficial da União declara Honestino Guimarães, ex-presidente da União
Nacional dos Estudantes e militante da Ação Popular durante a ditadura
militar, anistiado político post mortem (pós-morte) . O governo também
determinou a retificação do atestado de óbito, para que conste como
causa da morte “atos de violência praticados pelo Estado”.
Na última das suas seis prisões, Guimarães foi levado a uma instalação
do Destacamento de Operações de Informações – Centro de Operações de
Defesa Interna no Rio de Janeiro, em 1973, e está, desde então,
desaparecido.
“Homenagear Honestino Guimarães é uma forma de, emblematicamente,
oficializar o pedido de desculpa do Estado à sua família, gesto que o
país, até o momento, não havia feito”, disse o secretário Nacional de
Justiça e presidente da Comissão de Anistia, Paulo Abrão, em setembro do
ano passado, quando a comissão concedeu a Guimarães a condição de
anistiado político e aprovou parecer em que recomendou a alteração da
certidão de óbito do líder estudantil.
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