Já conformado com a CPI exclusiva da Petrobras – determinada pela ministra do Supremo Rosa Weber -, o deputado federal João Paulo (PT) afirma que o seu partido precisa, agora, discutir como participará do processo e, principalmente, os nomes que devem representá-lo na comissão. O parlamentar pernambucano engrossa o coro dos petistas que preferem que a legenda fique com a relatoria da CPI, quando também – por questão do tamanho de bancada – poderia reivindicar a presidência.
“Entendo que é melhor o PT ficar com a relatoria. Muito mais até do que a presidência. É a relatoria que terá o papel de conduzir os trabalhos da CPI”, ressaltou, em entrevista à Rádio Folha FM 96,7, o deputado federal, que também se mostrou contrário à judicialização do processo. “Acho que o partido acertou em não entrar com recurso (para tentar reverter no pleno do STF a decisão de Rosa Weber)”, completou.
A base governista defendia a instalação de uma CPI mais ampla, que incluiria a investigação do escândalo dos trens de São Paulo – envolvendo o PSDB – e possíveis irregularidades no Complexo Portuário de Suape – numa tentativa de constranger o ex-governador Eduardo Campos (PSB). Contudo, a ministra Rosa Weber determinou pelo processo proposto pela oposição.
O presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB), no entanto, ainda não se definiu sobre a possibilidade de recorrer ao pleno do STF. O peemedebista alega que o Judiciário não poderia interferir em uma questão exclusiva de outro Poder, no caso o Legislativo.
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