A deputada estadual Teresa Leitão (PT) subiu a tribuna, na tarde de terça ( 07 ) para cobrar explicações do Governo do Estado sobre a cessão do
terreno que abriga a antiga Fábrica Tacaruna – entre Recife e Olinda –
para o Centro de Pesquisa, Desenvolvimento, Inovação e Engenharia
Automotiva da Fiat. A autorização foi uma das últimas ações da gestão
de Eduardo Campos (PSB). De acordo com a petista, a troca do que seria
um pólo cultural por um centro de pesquisa não foi debatida com os
segmentos envolvidos na questão.
“Achei muito estranho essa decisão. Ela nos traz muitas dúvidas sobre
os investimentos feitos, seja na área cultura, na área de proteção a
criança e adolescente”, afirmou Teresa, referindo a um projeto do
Executivo, de 2009, de transformar a antiga fábrica no Centro de
Cidadania Padre Henrique. O Governo comprou o terreno no ano 2000 por R$
14,3 milhões, mas nenhum projeto anunciado saiu do papel.
“Nós temos que debater o destino do que estava previsto para lá e dos
recursos implementados e a forma como essa negociação foi feita”,
cobrou a petista. Como o pronunciamento foi feito no Pequeno Expediente,
os governistas não puderam iniciar um debate de defesa, mas o deputado
Aluisio Lessa (PSB), que já estava inscrito para falar de outro assunto,
fez questão de responder a deputada.
“Nós temos que levar em conta que o patrimônio, que é tombado, será
preservado. Merece o registro que, quando Eduardo Campos assumiu o
Governo, ele criou a Secretaria da Cultura, que antes pertencia à pasta
de Educação. Nós somos o único Estado que possui um Fundo Especial para
fomentar a cultura, muito superior ao orçamento do Governo Federal”,
provocou Lessa. Entre as medidas ressaltadas pelo parlamentar na área
cultural, está a Central de Artesanato de Pernambuco e, o recém
inaugurado Cais do Sertão, ambos no Recife Antigo.
“Serão mais de 500 engenheiros daqui, do Brasil e do mundo fazendo
pesquisa em um centro avançado de desenvolvimento, numa área que esta em
desuso, pois o prédio da fábrica será preservado. Talvez na mão de um
ente privado dê mais celeridade aos projetos antigos para o espaço”,
finalizou Lessa, concordando com a realização de uma audiência pública
para debater melhor o assunto.
Fonte: Mirella Araújo
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