A presidente Dilma Rousseff (PT) partiu para o ataque, na última terça-feira (6), contra os seus principais adversários, Aécio Neves (PSDB) e Eduardo Campos (PSB), na busca pela reeleição. Em entrevista de mais de quatro horas a jornalistas mulheres na noite de ontem, a petista questionou o discurso de necessidade de medidas impopulares, a partir de 2015, levantado recentemente pelo tucano, destacando que elas podem assumir um caráter “antipopular”. Ee colocou em xeque a meta de inflação apresentada pelo socialista.
“Tem gente [Aécio Neves] dizendo que tem medidas impopulares. Tem que ter cuidado para que medida impopular não se transforme em medida antipopular”, provocou a petista, frisando que o seu governo tem agido corretamente para assegurar que a inflação não alcance a casa dos dois dígitos.
No que diz respeito a Eduardo Campos, Dilma afirmou que estabelecer uma meta de inflação tão baixa, como fora proposto pelo socialista, deverá implicar no aumento da taxa de desemprego, hoje entre 5,5% e 6%.
“Aí vem uma pessoa [Eduardo] e diz que a meta de inflação é 3%. Faz uma meta de inflação de 3%… Sabe o que significa? Desemprego lá pelos 8,2%. Eu quero ver como mantém investimento social e investimento público em logística. Não segura fazer isso”, alfinetou a petista.
Na última semana, pessoas ligadas à presidente destacaram que ela deverá reagir de forma mais dura às críticas que são desferidas pelos seus adversários. Um movimento em resposta à continua queda que Dilma vem apresentando nas pesquisas sobre a corrida sucessória do Palácio do Planalto.
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