quinta-feira, 19 de abril de 2012

Operação-padrão da PF não afeta embarques em aeroportos do país

A operação-padrão dos agentes da Polícia Federal, iniciada nesta quinta-feira nos aeroportos brasileiros, não afetava o embarque ou o desembarque de passageiros nos principais terminais do país. De acordo com a Infraero, os aeroportos de Brasília e de Guarulhos, na Grande SP, não tinham excesso de filas ou movimento anormal até as 14h. Já no aeroporto Internacional Antônio Carlos Jobim (Galeão), no Rio, os agentes decidiram começar a operação no fim da tarde.
No Paraná, a operação, em protesto contra a terceirização do setor de fiscalização, ocorria no Aeroporto Internacional Afonso Pena, em São José dos Pinhais, na região metropolitana de Curitiba, e no Aeroporto Internacional de Foz do Iguaçu. - em ambos também não havia demora excessiva no embarque e desembarque.
"Nosso objetivo não é esse, causar transtornos para os passageiros, principalmente no Afonso Pena, já tão penalizado com o nevoeiro", afirmou o presidente do Sindicato dos Policiais Federais do Paraná, Silvio Renato Jardim.
Segundo ele, os agentes faziam panfletagem e uma inspeção minuciosa nas bagagens, mas parariam caso a atividade causasse transtorno. "Se sentirmos que estamos causando problemas, como aumento de fila, vamos interromper temporariamente até que tudo volte ao normal e depois recomeçamos", disse ele.
A ideia, segundo ele, é mostrar ao governo e à população que a fiscalização nos aeroportos brasileiros é precária. "Se um criminoso internacional tentar entrar no País, ele não encontrará muita dificuldade. E é preciso lembrar que estamos para receber grandes eventos internacionais", ressaltou, acrescentando que, se alguma coisa acontecer, "quem vai pagar a conta somos nós".
Apesar da pouca repercussão, a Federação Nacional dos Policiais Federais (Fenapef) recomendou a quem estiver com viagem marcada que chegue aos aeroportos com mais antecedência, para evitar atrasos. Segundo a Fenapef, o objetivo da operação é chamar a atenção do governo sobre os prejuízos que a terceirização em pontos considerados estratégicos causam aos usuários dos aeroportos, além de reivindicar melhores condições de trabalho. O movimento será por tempo indeterminado.

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