A empresa Suape vai mudar sua sede administrativa para uma Zona Central de Serviços (ZCS), a ser construída utilizando um formato financeiramente mais vantajoso de licitação. Trata-se de uma troca de área, ao invés da simples venda para uma empresa de investimento privado. Suape cederá o terreno de 14,4 hectares a Queiroz Galvão Desenvolvimento Imobiliário (QGDI) - vencedora da licitação - e receberá dela uma torre empresarial sustentável de 11 andares com heliponto. Segundo o vice-presidente de Suape, Frederico Amâncio, a contrapartida é que a construtora terá 12 hectares do total para implantar um complexo de empresariais (office park), hotel e open mall de serviços e afins. Tudo com usufruto livre e entrega total prevista para até 2020.
“Hoje, o terreno da permuta tem avaliação de R$ 350 mil por hectare. A venda representaria a arrecadação de R$ 8 milhões para os cofres de Suape. A construção do edifício da administração, que contemplava oito andares no edital, estava orçada em R$ 22 milhões, então a venda do terreno não daria para construir metade do projeto”, detalhou. “Por não atender mais a demanda das atividades dos 160 profissionais de Suape, a atual sede, avaliada em R$ 6 milhões, será destruída”, completou Amâncio.
A QGDI concorreu com mais duas construtoras (a OAS e a Andrade Gutierrez) no processo licitatório que escolheu a que apresentou mais adicionais ao projeto básico exigido pelo Complexo (um edifício de oito andares com heliponto). “A melhor proposta reuniu uma torre empresarial de 11 andares, duplicação de acesso ao centro empresarial e a oferta de 680 m² de área bruta locável no office park”, disse Amâncio. A assessoria de Imprensa de Suape confirmou a publicação no Diário Oficial do Estado, mas não soube precisar a data. Segundo a superintendente de Marketing da Queiroz Galvão, Carol Boxwell, por ser uma obra que ainda não possui contrato assinado, a empresa ainda não se posicionará sobre investimentos.
A administração de Suape ocupará três andares no novo prédio e deve alugar outros espaços. O preço do aluguel será mais caro do que o cobrado no office park, valor justificado pelo “projeto de responsabilidade socioambiental”. O prédio terá 22 mil m² de área construída e 2.350 m² de área locável, que juntas são a plataforma A do projeto, a primeira de três etapas. A plataforma B inclui os empresariais no entorno do open mall de serviços e o empreendimento hoteleiro com capacidade para 192 quartos. A previsão de conclusão é em 2016. A última etapa, a plataforma C, será a construção de mais quatro torres empresariais de nove andares cada, nas proximidades da via duplicada de acesso à ZCS, que deve ser entregue em 2020. “Transferir parte do risco para o setor privado é um ponto positivo porque conta com a celeridade que o público ainda não dispõe. Além disso, manteremos o foco no desenvolvimento portuário e industrial”, enfatizou Amâncio.
POLO NAVAL
Em implantação no Complexo Industrial Portuário de Suape, o polo naval dá sinais de avanço. Segundo Frederico Amâncio, os estaleiros em implantação no Porto estão em movimentação. “O Promar está a todo vapor. Já segue, inclusive, aplicando estacas de cais”, disse, citando que um primeiro galpão será inaugurado em 2012 e o primeiro navio será entregue em 36 meses. Já o Estaleiro CMO começou a mobilizar terraplanagem. “As obras devem ficar mais fortes no segundo semestre”, antecipou.
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