A taxa de desmatamento na Amazônia Legal caiu 27% neste ano, com dados
avaliados entre agosto de 2011 e julho desde ano, em relação ao mesmo
período anterior, atingindo o menor taxa de desmatamento já registrada.
Segundo o Ministério do Meio Ambiente (MMA) divulgou nesta terça-feira,
os satélites do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE)
registraram 4.656 km² desmatados na medição mais recente, contra 6.418
km² no ano anterior. O levantamento é feito desde 1988.
Entre os
nove estados da Amazônia Legal, o levantamento aponta que houve aumento
do desmatamento em três deles entre a medição mais recente, neste ano, e
a anterior: Acre (10%), Amazonas (29%) e Tocantins (33%). Porém,
segundo a ministra Izabella Teixeira, esses dados podem incluir
desmatamentos que não são ilegais, já que os estados não
disponibilizaram dados ao MMA. Mas a ministra destacou que esses
estados, em termos absolutos, não contribuem expressivamente ao total e
são os que têm menores áreas desmatadas.
Com os dados deste
último período (agosto de 2011 a julho de 2012), o Brasil atingiu 76,26%
da meta de 80% de redução dos desmatamentos na Amazônia até 2020, de
ter 3.925 km² de áreas desmatadas.
Ainda segundo o levantamento,
foram lavrados 6,4 mil autos de infração por desmatamentos de agosto de
2011 a julho, que somam R$ 1,611 bilhão em multas. Além disso, o governo
começa hoje a usar o Auto de Infração Eletrônica pelo Ibama. Segundo a
ministra, isso irá ajudar a tornar mais transparente o processo de
aplicar infrações e evitará a corrupção.
"O fiscal estará em
campo monitorado. E a partir de imagens de satélites, você identifica
imediatamente o desmatamento ilegal, as coordenadas são emitidas para um
banco de dados em Brasília e é emitido imediatamente um auto de
infração eletrônico. Com isso, você elimina os erros que normalmente
ocorrem em autos e que os tornam nulos. Você elimina coordenadas
erradas, elimina a corrupção de fiscal e faz com que sejamos mais
eficientes e transparentes, coordenando as bases de dados do Ibama no
cadastro ambiental rural, no licenciamento ambiental, no documento de
origem florestal e no auto de infração. E passa a ser totalmente
blindado para corrupção", disse a ministra.
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