Depois de ter sido acusado de entregar a
gestão no “escuro” ao sucessor, o ex-prefeito de Ipojuca Pedro Serafim
Filho (PDT) recebeu uma condenação, em primeira instância, por
improbidade administrativa. O juiz responsável pela comarca do
município, Haroldo Carneiro Leão, determinou que ele tivesse os direitos
políticos suspensos, além de pagar uma multa no valor de R$ 15 mil e
devolver R$ 5.427,61 ao cofre municipal. O processo surgiu a partir de
uma denúncia feita pelo Ministério Público de Pernambuco (MPPE), em
2010, apontando a existência de funcionários-fantasma na Prefeitura.
O ex-gestor foi acusado de nomear a
funcionária Eliane Maria da Silva, entre abril e dezembro de 2009, sem
que a mesma tivesse dado um dia de expediente na administração
municipal. O curioso é que foi a própria funcionária quem procurou o
MPPE para revelar o caso. Ela havia conseguido o “emprego” por
intermédio de seu ex-marido, Genival Pereira da Silva, mas resolveu
denunciar a farsa quando houve o divórcio e ela terminou perdendo o
“emprego” na Secretaria de Segurança Cidadã.
O ex-marido, que também era funcionário
da Prefeitura, foi condenado, assim como o ex-prefeito, a pagar uma
multa de R$ 15 mil ao erário e ainda devolver o valor de R$ 5.427.61,
correspondente aos meses de salário recebidos pela ex-esposa. O
ex-secretário municipal da Fazenda Maurison da Costa Gomes recebeu a
mesma condenação. A funcionará terá que pagar apenas uma multa de R$ 6
mil.
Como o julgamento aconteceu em primeira
instância, ainda cabe recurso aos quatro réus. Se a sentença for
mantida, Pedro Serafim ficará inelegível por oito anos.
Ontem o novo prefeito Carlos Santana
(PSDB) voltou a tecer críticas ao antecessor. Em entrevista a Rádio
Jornal, alegou que os carnês do IPTU relativos ao ano de 2012 não foram
distribuídos normalmente e foram encontrados armazenados em uma sala. De
acordo com o tucano, a arrecadação com IPTU no município é a mesma
desde 2004. A reportagem tentou ouvir o ex-prefeito Pedro Serafim, mas
ele não foi localizado.
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