O veterano diretor - Copacabana me engana (1968), A rainha diaba (1974) e Gatão de meia-idade (2006) - tem em comum com Renato Russo um amigo, Luiz Fernando Borges (que se tornou produtor associado do projeto). Encontraram-se casualmente há alguns anos, e este falou a Fontoura que havia recebido “ok” de dona Carminha, mãe de Renato, para fazer um filme sobre ele. “Nunca fui um cara que vibrava com show da Legião, na época já tinha 40 anos. Mas sempre quis fazer um filme sobre música”, recorda o diretor.
Renato Russo viveu 36 anos. Para o diretor, a grande questão era que período da vida retratar. “Quando descobri a história de um moleque que, preso numa cadeira de rodas (Renato sofria de epifisiólise, uma doença óssea e durante a adolescência ficou dois anos numa cama), queria se tornar um ídolo do rock, descobri minha timeline (linha do tempo).”
Em ordem cronológica, Somos tão jovens acompanha seis anos da vida não só de Renato, mas de sua turma de amigos. O filme termina quando a banda está deixando a capital federal para seu primeiro show no Rio de Janeiro (a última cena traz a Legião em imagens de arquivo durante show em Volta Redonda, em dezembro de 1990, o último da turnê de As quatro estações).
De Luciano a Renato
O ponto forte do filme é a interpretação de Thiago Mendonça (o Luciano de 2 filhos de Francisco), que encarna um Renato Russo tão intenso, melodramático e inconstante como o que povoa o imaginário coletivo. Mas o ator de 33 anos garante uma leveza ao personagem, e não se deixa apanhar na armadilha do histrionismo (como o fazem Edu Morais e Ibsen Perucci, intérpretes de Herbert Vianna e Dinho Ouro Preto, respectivamente).
O ponto forte do filme é a interpretação de Thiago Mendonça (o Luciano de 2 filhos de Francisco), que encarna um Renato Russo tão intenso, melodramático e inconstante como o que povoa o imaginário coletivo. Mas o ator de 33 anos garante uma leveza ao personagem, e não se deixa apanhar na armadilha do histrionismo (como o fazem Edu Morais e Ibsen Perucci, intérpretes de Herbert Vianna e Dinho Ouro Preto, respectivamente).
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É este o outro destaque: todos os números musicais, executados por atores, foram gravados ao vivo. Como a ênfase da narrativa está nos anos de formação, o Aborto Elétrico, banda que Renato formou com os irmãos Flávio e Fê Lemos, aparece muito mais do que a Legião. É Fê, hoje baterista do Capital Inicial, o antagonista da história. Protagonizou algumas brigas com Renato, que culminaram com o fim do trio de punk.
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