Anunciada segunda-feira (16) pela presidenta argentina, Cristina Kirchner, a expropriação dividiu argentinos e presidentes latino-americanos. O governo conta com a simpatia da maioria do Congresso, que precisa aprovar o projeto, mas os métodos e o tempo foram questionados na terça-feira (17) pela oposição.
Segundo Kicillof, a Repsol não investiu na Argentina porque o preço do combustível no mercado interno estava congelado em US$ 60 o barril. No mercado internacional, vale US$ 100. A empresa, disse o vice-ministro, preferiu investir na produção de gasolina Premium – a mais cara -, em vez de suprir o mercado com combustível barato, para o transporte público e os aviões. Por isso, o governo decidiu recuperar o controle acionário da empresa.
O presidente da Repsol, Antonio Brufau, disse que a expropriação é “ilegítima” e que vai recorrer aos fóruns internacionais, além de cobrar uma indenização de US$ 10 bilhões. O ministro de Vido – nomeado interventor da empresa, junto com Kicillof – respondeu no mesmo dia, terça-feira. Ele disse que o valor da indenização ainda será determinado e que a Repsol também deveria pagar pelos estragos que fez.
O valor da indenização será tema de debate. As ações da Repsol-YPF vêm caindo desde que o governo argentino começou a criticar abertamente a empresa. Mas, segundo o analista politico Rosendo Fraga, o preco da expropriação vai além do que o governo terá que pagar à Repsol.
“A expropriação contribui para maior isolamento internacional da Argentina, e isso tem repercussões para a economia e para outras empresas nacionais”, disse, em entrevista à EBC. Na América Latina, a proposta de Cristina Kirchner foi apoiada pela Venezuela.
O presidente do México, Felipe Calderon, foi solidário com a Espanha. Nessa tercç-feira, ele recebeu a visita do primeiro-ministro espanhol, Mariano Rajoy. A Espanha enfrenta uma das piores crises econômicas de sua história. Calderon manifestou “admiração” pela “coragem” de Rajoy e garantiu que o Mexico será solidário.
Nenhum comentário:
Postar um comentário