quinta-feira, 26 de abril de 2012

No Brasil, hipertensão atinge 35% da população com mais de 40 anos

A hipertensão, doença crônica, degenerativa, que acomete homens, mulheres, crianças de qualquer idade e raça e que pode ter contribuição genética na sua origem – o indivíduo já nasce com uma predisposição hereditária – é responsável pela causa morte de cerca de 7,6 milhões de pessoas, por ano, no planeta – mais 300 mil só no Brasil.
Epidemia no mundo moderno, a pressão alta se expressa na vida das pessoas à medida que elas vão se expondo a uma série de fatores ambientais, tais como excesso de alimentos salgados, bebida alcoólica, sedentarismo, fumo, obesidade e estresse emocional.
Estudos indicam que, no Brasil, a prevalência estimada de hipertensão é de 35% da população com mais de 40 anos. Isso significa cerca de 17 milhões de pessoas com a doença. Entre os brasileiros acima dos 60 anos, mais de 60% sofrem deste mal. No mundo todo, há quase 1 bilhão de pessoas com hipertensão diagnosticada.
Vale destacar que a hipertensão pode não manifestar sinal algum, durante anos. A ausência de sintomas retarda o diagnóstico que, muitas vezes, é feito quando as complicações já estão instaladas. “A única maneira de saber se a pessoa apresenta o problema é medir sua pressão com certa regularidade, já a partir dos três anos de idade”, orienta o cardiologista Dinaldo Cavalcanti de Oliveira, chefe da cardiologia clínica e da hemodinâmica do Hospital Ilha do Leite, da rede Hapvida Santa Clara.
Ele frisa que a hipertensão primária não tem cura, mas tem controle. “Isso significa que quem controla a pressão alta, reduz significativamente os riscos de ataque cardíaco, acidente vascular cerebral e insuficiência renal”, adverte, lembrado a importância do dia de alerta nacional para a prevenção da doença. “Quanto mais cedo uma enfermidade é detectada, maior a eficiência de seu tratamento”.
Ainda de acordo com o cardiologista Dinaldo Cavalcanti de Oliveira, o exercício físico regular e a manutenção de uma dieta saudável são fortes aliados no combate à hipertensão. “A atividade física, por exemplo, traz mais disposição às pessoas, pois auxilia na perda de peso, queima do colesterol e ajuda no controle da pressão”, ressalta.
Ele destaca também que em algumas pessoas – uma minoria –, a hipertensão arterial sistêmica tem uma causa identificável, a chamada hipertensão secundária, e que a remoção desta pode normalizar a pressão arterial. “Portanto, visitas regulares ao cardiologista são fundamentais para o bom tratamento da hipertensão, avaliação dos riscos dos pacientes e identificação de possíveis causas da doença”, conclui.

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