A polícia suspendeu às 18h desta terça-feira a operaçao de reintegração de posse do terreno que era ocupado pela casa de veraneio do governo do estado, entre as praias de Porto de Galinhas e Maracaípe, no Litoral Sul. Um dos moradores que vivia na Vila do Campo, como foi batizada a ocupação, decidiu resistir a ordem judicial, ameaçando explodir um botijão de gás amarrado junto a própria perna. O homem permanece no telhado da casa em que vivia com a família informando que não sairá do local. As atividades de remoção recomeçam nesta quarta-feira (20) pela manhã.
Marconi Francisco, de 39 anos, está com um isqueiro nas mãos em cima da casa desde as 13h. O morador trabalha como vendedor de sucos e mora na comunidade com esposa e filhos, o mais novo com um mês de vida. Três homens do Grupamento de Gerenciamento de Crises da Polícia Militar tentaram negociar a saída de Marconi Francisco nesta tarde, mas foi em vão. De acordo como coronel Galindo, comandante da operação, as ações serão suspensas, mas retomam amanhã. "Não há possibilidade de negociar uma casa para ele ou algo do gênero. Nossa recomendação é levar os moradores ao ginásio. Vamos continuar nosso trabalho", explicou.
Cento e vinte policiais do 18º Batalhão da Polícia Militar e 60 homens do Batalhão de Choque participam da ação, que conta ainda com o apoio de cinco tratores e 20 caminhões para realizar a mudança dos moradores. Os caminhões estão removendo os objetos das famílias para casa de parentes e outros endereços. A prefeitura de Ipojuca disponibilizou o clube municipal para abrigar as famílias que não têm onde ficar.
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