O presidente da Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel), João
Rezende, disse não ter como garantir que as informações de autoridades
brasileiras sejam alvo de espionagem, nem sua total segurança. "Não
posso garantir nem uma coisa nem outra", destacou após participar de uma
audiência pública na Comissão de Ciência e Tecnologia do Senado.
Questionado sobre a possibilidade de dados da presidente da República,
Dilma Rousseff, e de ministros serem alvo de espionagem dos Estados
Unidos, Rezende disse que pode haver uma "tentação" por parte dos
norte-americanos na prática. "É evidente que um país com o poderio dos
Estados Unidos, com as ferramentas que eles têm, pode ser que exista uma
tentação", afirmou.
Para garantir um melhor controle da troca de dados no País, o presidente
da Anatel defendeu a democratização da rede. Segundo ele, a aprovação
do marco civil da internet pode ajudar a regular a atuação de provedores
estrangeiros no País. "Hoje temos uma série de provedores estrangeiros
atuando no Brasil, que não seguem à risca a legislação brasileira e sim a
legislação do seu país. Acho que o marco pode dar tratamento a essa
questão."
A Anatel abriu nesta segunda-feira, 08, procedimento para investigar se
as empresas de telecomunicações brasileiras colaboraram para que
houvesse o envio de dados irregularmente para os EUA.

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