sexta-feira, 10 de janeiro de 2014

reço das hortaliças variou 68% no Grande Recife entre 2011 e 2013

Quem faz feira percebeu o quanto subiu o conjunto de preços dos alimentos entre 2011 e 2013. Apenas para exemplificar, quem gastou, em 2011, na Central de Abastecimento de Pernambuco (Ceasa-PE), R$ 330 durante o ano para comprar uma cesta de 17 hortaliças precisou desembolsar, em 2013, R$ 555 para fazer a mesma compra. Significa que gastou 68% a mais. Na prática, essa elevação fica ainda maior nos supermercados, para o consumidor final. 
Na análise do chefe de informação de mercado agrícola da Ceasa-PE, Marcos Barros, a seca exerceu uma forte influência na variação de preço dos produtos, sobretudo de 2012 para 2013. Mas contaram ainda os elementos do elevado Custo Brasil: inflação em alta, logística e rodovidas deficitárias, mão de obra agrícola escassa e cara no interior. 
Confira a variação do preço, por conjunto de alimentos, entre 2011 e 2013 (de janeiro a dezembro), segundo a Ceasa-PE:
Hortaliças (abóbora, alface, macaxeira, alho nacional, batatinha, batata doce, cará são tomé, cebola pera, cebolinha, cenoura, chuchu, coentro, inhame da costa, pepino, pimentão, repolho, tomate e vagem)
2011: R$ 330
2012: R$ 380
2013: R4 555
Frutas (abacaxi, banana pecavam, coco seco, coco verde, goiaba, laranja pera, limão-taiti, maçã nacional, mamão formosa, mamão havaí, maracujá, melancia, melão espanhol e uva)
2011: R$ 524
2012: R$ 527
2013: R$ 688
Cereais (açúcar, arroz, farinha de mandioca, feijão carioca, feijão macaçar e feijão preto)
2011: R$ 435
2012: R$ 499
2013: R$ 614
Carnes (bovina, de frango e suína)
2011: R$ 258
2012: R$ 276
2013: R$ 355
DIEESE - Produtos como farinha, banana, leite e carne puxaram para cima o valor da cesta básica na Região Metropolitana do Recife (RMR) no ano passado. O preço do conjunto de produtos subiu localmente, no balanço anual, 10,34%, segundo o Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese). 
O percentual é duas vezes maior que o registrada pela variação acumulada no ano do Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) nacional, que mede a inflação oficial do País – até novembro, o IPCA registrou acúmulo de 4,95%, segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
A variação da RMR foi a oitava maior entre as 18 regiões metropolitanas pesquisadas pelo Dieese. Fechou 2013 em R$ 274,69, comprometendo 44,04% do salário mínimo. Confira o resultado das demais localidades na arte abaixo. Os grandes vilões por aqui foram farinha (subiu 47%), banana (41,02%), leite (25,1%) e carne (9,35%). Os produtos com maior variação negativa, em 2013, foram óleo (-19,95%) e feijão (-13,21%).
Em dezembro, o menor salário pago deveria ter sido de R$ 2.765,44, ou seja, 4,08 vezes o mínimo em vigor (R$ 678,00), para conseguir pagar todos os bens necessários ao cidadão. Em dezembro de 2012, esse valor deveria ter sido de R$ 2.561,47, 4,12 vezes o mínimo da época (R$ 622,00).

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