sábado, 18 de agosto de 2012

Infraero: servidores querem parar


Se depender dos servidores da Empresa Brasileira de Infraestrutura Aeroportuária (Infraero) que atuam em Pernambuco, a partir do próximo dia 27, a categoria paralisa suas atividades. A decisão foi tomada, ontem, durante duas assembleias realizadas no Estado. Entre os participantes das duas reuniões, 218 votaram a favor da greve, 28 contra, além de duas abstenções.
Os profissionais reivindicam reajuste salarial e ampliação dos benefícios sociais. Contudo, a determinação para o início do movimento só acontecerá na próxima semana, depois de serem realizadas assembleias em todos os estados brasileiros para deliberação sobre a contraproposta da empresa em relação ao acordo coletivo de trabalho. Atualmente, o salário base dos servidores da empresa é de R$ 1,2 mil.
De acordo com o secretário de formação e organização do Sindicato Nacional dos Empregados em Empresas Administradoras de Aeroportos (Sina), João Martins, a categoria quer um reajuste salarial de 17%, entre reposição de inflação e ganho real. “No entanto, a Infraero só nos apresentou uma aumento de 5,1%, que é o IPCA de maio”, comentou.
Nos últimos dois dias, 41 assembleias foram realizadas em estados das cinco regiões do País. Segundo Martins, em todas elas os servidores mostraram-se propensos à greve. “Trata-se uma mobilização nacional, que está acontecendo desde ontem (anteontem) e termina na próxima terça-feira”, disse. Em Pernambuco, a Infraero conta com mais de 450 servidores.
Uma vez iniciada a suspensão dos serviços, operações aeroportuárias, como fiscalização de pátio e inspeção de passageiros serão paralisadas. “Nossa greve irá causar um impacto operacional nos demais órgãos de funcionamento do aeroporto”, previu o delegado sindical do Sina, Leonardo Félix. Apenas 30% do efetivo deve atuar durante o movimento, prejudicando operações de carga para importação e exportação.
FEDERAIS
Após o Superior Tribunal de Justiça (STJ) proibir a continuidade da operação padrão dos policiais federais, a pedido Advocacia-Geral da União (CGU), os servidores de Pernambuco suspenderam a ação. Segundo o presidente do Sindicato dos Policiais Federais no Estado de Pernambuco (Sinpef-PE), Marcelo Pires, a medida foi tomada porque estava havendo um desvirtuamento da ação. “Ela não é feita com o fim de adiar o serviço, pelo contrário, é uma postura de querer resguardar a segurança nos voos. Isto porque o efetivo para realizar a fiscalização em todos os aeroportos no Brasil é muito pequeno”, explicou. Ainda assim, os policiais federais continuam em greve, sem realizar serviços como emissão de passaportes e investigações criminais. Está marcada para a próxima terça, uma reunião com representantes da categoria e do Ministério do Planejamento, em Brasília.

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